Fonte de luz muito distante daquela inventada por Thomas Edison, há quase 132 anos, os sistemas LED vêm conquistando o consumidor e ocupando um papel de destaque no mercado brasileiro de lâmpadas. Valorizada pelo consumo de energia equilibrado, esta nova tecnologia que converte energia elétrica em luz dentro de um material de cristal sólido ainda gera muita dúvida quanto à aplicabilidade. Para esclarecer algumas dúvidas sobre o LED, o especialista em Iluminação e Design de Interiores e responsável pelo Centro de Treinamento da Lâmpadas Golden, Leandro de Barros, analisa alguns mitos e verdades que cercam o tema.
Lâmpada LED não esquenta.
O sistema LED gera calor durante a conversão da eletricidade em luz, porém, não o joga para o ambiente graças ao auxílio de dissipadores que têm a capacidade de removê-los. Este é um dos aspectos que contribuem para aumentar sua vida útil; por isso não é possível colocar o LED em uma luminária desenvolvida para lâmpada tradicional, pois ele queimará.
Os LEDs duram para sempre.
Lâmpadas LED possuem uma vida longa, mas depreciam com o tempo, como qualquer outra fonte de luz artificial. Essa depreciação luminosa é prevista através de testes durante um longo período de tempo, a fim de se determinar quando uma específica porcentagem de luz é perdida. Alguns fatores contribuem para a degradação do fluxo luminoso, como variação de temperatura, variação de corrente na fonte e a eficácia de sistemas de refrigeração. Quando o sistema de LED não falha, a depreciação do fluxo luminoso é um fator importante para estabelecer o tempo de vida do produto.
Os LEDs não queimam.
O produto não queima, mas perde a intensidade luminosa com o tempo. Os LEDs de boa especificação têm de 20 a 50 mil horas de vida útil, com uma perda de fluxo luminoso de 30%. O diodo(LED) dura, mas os outros componentes duram menos. O calor também provoca degradação do fósforo nos LEDs brancos causando uma depreciação do brilho e variação na temperatura de cor.
Sistemas com LED são muito caros.
Porém, o retorno do investimento em economia de energia e em manutenção é rápido, há situações em que o retorno deste investimento pode acontecer em menos de um ano. Além disso, deve ser levado em consideração que o valor do sistema já está mais barato que um ano atrás, e a tendência é que esse valor reduza ainda mais.
Não existe lâmpada LED em tubo.
Hoje já existem modelos com formatos similares às lâmpadas tubulares com a tecnologia LED.
A linha PAR LED substitui algum modelo de lâmpada fluorescente compacta.
A linha PAR LED existe para substituir a PAR halógena (retrofit).
Todo sistema LED precisa de fonte de alimentação.
Todo sistema LED precisa de um driver, com ressalva aos sistemas plug-in, que já vêm com o driver embutido. A função do driver é auxiliar no acendimento e acionamento do LED, ou seja, é uma espécie de fonte de alimentação, só que com tensões baixas, de 12 e 24V. Mas cuidado, cada sistema LED possui um driver compatível, ou seja, com tensão e corrente apropriados ao sistema.
O LED pode ser instalado em um soquete comum.
Vários modelos já podem ser instalados no padrão brasileiro de base de rosca E27.
O LED pode ser dimerizado.
Mas nem todos os modelos disponíveis no mercado permitem a regulagem da intensidade de luz.
O LED pode ser aplicado em qualquer lugar.
Em nossos dias, nem sempre o LED é a melhor solução. Há questões técnicas a serem consideradas: Seu Índice de Reprodução de Cor (IRC) nem sempre é elevado, ficando entre 70 e 80. Por isso, o LED não é aplicável a tudo. Não é ideal, por exemplo, em espaços de destaques em loja de roupas porque não tem boa fidelização de cor (apesar disto já estar mudando). Já para iluminação decorativa ele é imbatível, pois possui cores saturadas, diversidade de ângulo de abertura e alguns modelos permitem o controle das cores.
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