Cientistas da UCSD fizeram com que milhões de bactérias E. coli piscassem, criando uma tela de LED viva.
Aqui está uma notícia legal para as pessoas que amam tudo que brilha no escuro: Cientistas da UCSD (University of California, San Diego) descobriram como fazer com que milhões de bactérias E. coli fluorescentes pisquem de uma só vez, criando uma espécie de tela viva de LED.
Jeff Hasty, professor de biologia e de bioengenharia que chefiou a equipe de pesquisa no Instituto BioCircuits (Division of Biological Sciences and BioCircuits Institute), disse que sua equipe levou cerca de cinco anos e uma série de trabalhos para desenvolver o que ele chama de biopixels que compõem a tela de LED viva.
Em 2008 Hasty e sua equipe publicaram um estudo que mostrou como construir um relógio biológico dentro de uma única célula bacteriana que diria quando as bactérias “piscariam”. Em um segundo estudo publicado em 2010, a equipe mostrou que eles poderiam sincronizar milhares de bactérias na colônia a piscarem em uníssono. O próximo passo foi descobrir se eles poderiam obter bactérias em diferentes colônias a piscar ao mesmo tempo.
“Ficamos pensando se poderíamos fazer com que as bactérias pudessem se comunicar através de grandes distâncias”, disse Hasty. A ‘longa distância’ no mundo bacteriano pode ser de 1 centímetro, acrescentou.
A equipe notou que a comunicação em longas distâncias pelas células bacterianas era possível porque as bactérias criam um vapor que permite que as diferentes colônias se comuniquem umas com as outras quase que instantaneamente.
E assim a nasceu a tela de LED viva.
Até agora, os cientistas fizeram telas - ou chips - de dois tamanhos. Um chip contém cerca de 13.000 colônias, ou biopixels, (50 a 60 milhões de células bacterianas) e é do tamanho de um clipe de papel.
A possibilidade de programar bactérias faria com que displays se acendam sem o uso de eletricidade; ”Não há nada que impeça uma cervejaria de criar um painel desses, mas eu não sei como isso seria comercializável, dado que um bar teria um sinal cheio de bactérias que vivem penduradas na janela.”
Mas a equipe tem outros planos como por exemplo utilizar sensores de níveis de arsênico e fazer com que as bactérias pisquem de acordo com esses níveis. ”Então, se você estiver em Bangladesh e quer saber se há arsênico em sua água, você poderia usar um sensor feito desses chips”, disse Hasty. ”Essa é a direção que estamos tomando.”
Via LA Times.
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